A Igreja de Nossa Senhora do Pilar, em Pilar de Goiás, cuja construção começou em 1747, chegou a ser a maior igreja da província de Goiás com nove altares, contra "apenas" três da Matriz de Pirenópolis. Após um desmoronamento, os restos da antiga igreja foram reunidos de forma aleatória e deram origem ao prédio que existe hoje. A população e os construtores, no afã de recuperar a antiga igreja, montaram, sem intenção de copiá-la, um dos maiores acervos do barroco de Goiás. A atitude ingênua, expressa pelo colorido e pela despreocupação com a ordenação dos desenhos, resultou em sinônimo de beleza. Ao lado, ficam os famosos sinos de Pilar, os maiores já feitos para uma igreja em Goiás que chegam a pesar 900 quilos. Sua riqueza era descrita por diversos viajantes pelas numerosas peças de ouro e prata. Das peças escultóricas, destacam-se a do Senhor Morto e a da padroeira da cidade. O altar em estilo barroco virou uma marca da igreja. A cidade abrigou numerosos artesãos no auge da mineração e chegou a abrigar 15 mil habitantes, ainda no século 18. O patrimônio arquitetônico de Pilar foi tombado em 1954.